O sucateiro que se tornou
um personagem da cultura popular nordestina, Joaquim Santos Rodrigues,
conhecido como "Seu Lunga", morreu hoje pela manhã, por volta de 9h30,
aos 87 anos, em decorrência de um câncer no esôfago. Ele estava
internado no hospital São Vicente, em Barbalha. Seu Lunga morava com a
esposa Carmelita Rodrigues Camilo e foi desse matrimônio que nasceram 13
filhos. Desses, há 11 vivos. Dois deles morreram em
decorrência do mesmo problema do pai.
Biografia
Joaquim dos Santos Rodrigues nasceu em 18 de agosto de 1927, no Sítio
Gravatá no município de Caririaçu, e viveu a infância com os pais e sete
irmãos no município de Assaré. Recebeu um apelido por uma senhora, que
era vizinha, e passou a chamá-lo de Calunga, que mais adiante se reduziu
para Lunga. Com 16 anos de idade foi morar no município de Juazeiro do
Norte. Casou em 1951 e tornou-se pai de treze filhos. Lunga era dono de
uma sucata em Juazeiro do Norte que vendia de tudo, desde aparelhos de
televisão a frutas.
Processo
Em 2011, Seu Lunga venceu um processo contra o cordelista Abrahão
Batista, que utilizava o apelido do sucateiro em suas publicações. "Eu
não desejo nenhuma indenização. Quero somente que ele deixe de escrever
mentiras em meu nome", disse, à época, ao Diário do Nordeste. Abrahão
publicou o cordel com o título "As histórias de Seu Lunga, o homem mais
zangado do mundo", que narra frases e respostas atribuídas ao
comerciante.
Boatos
Em 26 de julho de 2013, Seu Lunga enfretou boatos que circularam na
internet de que ele havia sido assassinado. Em entrevista ao Diário do
Nordeste, respondeu ao estilo que o fizeram famoso: “Quero saber quem é o
‘fela da puta’ que disse isso. Agora vou viver mais 100 anos!”,
desabafou.
LUCAS DE MENEZES / AGÊNCIA DIÁRIO
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